10 outubro 2009
Campanhas 350
07 outubro 2009
Governadores brasileiros discutiram aquecimento global na Califórnia
O Brasil foi representado pelos governadores Ana Júlia Carepa (Pará), Binho Marques (Acre), Valdez Goes (Amapá), Eduardo Braga (Amazonas), Blairo Maggi (Mato Grosso) e Aécio Neves (Minas Gerais).
No primeiro dia dos trabalhos os estados do Amazonas e do Pará foram os escolhidos para dividir a presidência da Força Tarefa de Governadores, grupo técnico responsável pelas estratégias de implementação do programa de redução das emissões dos gases causadores do efeito estufa. No dia 2/10, a governadora Ana Júlia, ao lado de outros governadores, participaram do painel sob o tema florestas. Nesta oportunidade, cada líder de estado teve um tempo de 10 minutos para fazer sua explanação. Ao final foi realizado um debate, quando defenderam seus programas e projetos.
Deste encontro, vão resultar acordos subnacionais que incluirá o pagamento pelo esforço de reduzir o desmatamento.
A governadora Ana Júlia Carepa destacou a importância de dividir essa liderança com o Amazonas, lembrando que os estados brasileiros, que compõem a Amazônia Legal, já estão unidos em torno do Fórum de Governadores da Amazônia, mas que deve haver a unificação de ações não só da Amazônia brasileira, mas de todo os países que estão dentro desse bioma.
"Este trabalho conjunto poderá projetar ao mundo a contribuição que a floresta pode dar à humanidade.
A floresta em pé é muito importante, mas é preciso levar em conta que nela vivem pessoas que merecem ter qualidade de vida, tanto quanto os povos dos países ricos que tanto precis am da floresta", enfatizou Ana Júlia Carepa.
De todos os estados brasileiros, o Pará é o que tem a maior parte da Amazônia preservada e grande parte de sua população morando na floresta. Por isso é o estado que deverá tomar as posições mais relevantes em termos de proteção ao meio ambiente, de estruturação do território para uma produção agrícola sustentável.
Para tanto, o Pará já definiu suas metas de combate ao desmatamento, por meio do Plano de Prevenção, Combate e Alternativas ao Desmatamento (PPCAD), decreto que institui a recomposição florestal de áreas degradadas, criou o Fórum Paraense de Mudanças Climáticas e a lei estadual de regularização fundiária para imóveis de até 2.500 hectares. A composição de uma política abrangente vinculada ao tema ambiental e organização da produção, inclui-se ainda o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) da zona oeste e da borda leste Calha Norte, o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o programa 1 Bilhão de Árvores para a Amazônia.
Histórico do encontro:
Em 2008, no primeiro encontro, nove estados do Brasil, Indonésia e Estados Unidos, representando mais de 50% das florestas tropicais do mundo, assinaram um acordo de cooperação para promover ações voltadas à redução do desmatamento e que contribuam para a redução das mudanças climáticas globais.
Desde então, encontros foram realizados no Brasil, sendo um deles, em Belém, em julho passado, ocasião em que foi elaborado um plano de ações conjuntas com recomendações de como ligar as várias atividades entre os participantes. Os temas discutidos se relacionaram ao mecanismo denominado REDD, Redução do Desmatamento e Degradação Evitados.
01 outubro 2009
Meio Ambiente pode ser diferencial no Enem
O aluno que estiver informado sobre temas relativos ao meio ambiente pode ter um desempenho melhor no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será realizado no sábado e domingo próximos. É o que apontam 13 de 22 professores de colégios, cursinhos e consultorias de educação de diversas áreas ouvidos pela reportagem. Com novo formato, o Enem terá neste ano 180 questões e a redação As disciplinas deram lugar a quatro grandes áreas de conhecimento.
Segundo o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Reynaldo Fernandes, o exame foi finalizado em meados de agosto. Por isso, temas mais atuais, como a crise política em Honduras, não devem constar na prova neste ano. Alguns Estados, de acordo com Fernandes, já receberam o exame. Das quatro áreas de conteúdo, ciências da natureza é a que deve apresentar mais questões ligadas ao ambiente, já que reúne as disciplinas de biologia, química e física. "Poluição e contaminação, que afetam a saúde humana, podem cair", afirma Edson Futema, professor de biologia do Cursinho da Poli.
Combustíveis renováveis e lixo são outras apostas. "Biocombustíveis e aquecimento global são imprescindíveis", opina Rogério Campos, professor de química da Educon. Transformação e consumo de energia podem permear questões de física. "É um tema que pode ser contextualizado no cotidiano, como o Enem pede sempre", diz o professor do COC Tadeu Terra. Para Vera Antunes, professora de geografia do Objetivo, o aluno também deve saber tratar de problemas que envolvam a questão do lixo, como incineração e reciclagem.
Em história, segundo os professores, vale dar atenção especial para assuntos relativos às efemérides, como os 70 anos do início da Segunda Guerra Mundial. Na área de linguagens e códigos, o candidato pode esperar interpretação de texto. A redação, na mesma linha de anos anteriores, deve exigir um posicionamento crítico do aluno sobre a atualidade. "Podemos ter um tema ligado a energia, por exemplo", afirma Célia Passoni, coordenadora de linguagens do Etapa. Em matemática, outra área abordada pelo Enem, as questões devem privilegiar porcentagem, proporção, geometria e probabilidades, com gráficos e tabelas.(AE)