13 dezembro 2010

Monte Kilimanjaro

No quadro do fantástico "Terra, que tempo é esse?", foi falado sobre o Monte Kilimanjaro que está localizado no continente africano.

Além dele ser o pico mais alto da África, é também o único com neve permanente do continente, em 11700 anos a neve do monte nunca esteve tão reduzida e a previsão dos cientistas não é nada positiva, eles acreditam que em menos de 15 anos o gelo desaparece completamente

O povo local acredita que as grandes plantações de empresas européias que estão onde antes eram florestas afetou a neve do monte. O que está acontecendo na região é que, além de a neve estar derretendo mais rapidamente, está nevando menos. Com isso, nesse século 21, ainda não foi acumulado sequer um centímetro de neve. A pouca neve que cai mal cobre o chão e vai sumindo. Nas geleiras é possível ver as faixas, as camadas de gelo que se sobrepuseram ao longo do tempo.

Confira o video da reportagem aqui:

Para conferir todas as reportagens da série clique aqui

12 dezembro 2010

Confira as medidas aprovadas na COP 16

O acordo aprovado neste sábado em Cancún pela conferência da ONU sobre mudanças climáticas prevê uma série de mecanismos para combater o aquecimento global e permitir que os países mais pobres e vulneráveis se adaptem as suas dramáticas consequências.

Estes são seus pontos principais:

FUTURO DO PROTOCOLO DE KIOTO:

- Convoca os países desenvolvidos a discutir uma nova fase de compromissos de redução de emissões sob o Protocolo de Kioto, cuja primeira fase expira no final de 2012, "para garantir que não ocorra um hiato" entre os dois períodos.

Não requer, por enquanto, que as nações assinem compromissos para o período posterior a 2012. Japão liderou a oposição à prolongação do Protocolo, alegando que é injusto porque não inclui os dois maiores emissores: Estados Unidos (porque não o ratificou) e China (por ser um país em desenvolvimento).

AJUDA PARA OS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO:

- Cria uma nova instituição, o Fundo Verde Climático, para administrar a ajuda financeira dos países ricos aos mais pobres.

Até agora, União Européia, Japão e Estados Unidos prometeram contribuições que devem chegar a 100 bilhões de dólares anuais em 2020, além de uma ajuda imediata de 30 bilhões de dólares.

- Convida o Banco Mundial a servir como tesoureiro interino do Fundo Verde Climático por três anos.

- Estabelece um conselho de 24 membros para dirigir o Fundo, com igualdade de representação de países desenvolvidos e em desenvolvimento, junto com representantes dos pequenos Estados insulares, mais ameaçados pelo aquecimento.

- Cria um Centro de Tecnologia Climática e uma Rede para ajudar a distribuir o conhecimento tecnológico aos países em desenvolvimento, com o objetivo de limitar as emissões e se adaptar aos impactos das alterações climáticas.

MEDIDAS PARA FREAR O AQUECIMENTO:

- Salienta a necessidade urgente de realizar "fortes reduções" nas emissões de carbono para evitar que a temperatura média do planeta aumente mais de 2º C em comparação com os níveis da era pré-industrial.

- Convoca os países industrializados a reduzir suas emissões entre 25% e 40% em 2020 em relação ao nível de 1990. Esta parte encontra-se incluída no Protocolo de Kioto, e por isso não inclui os Estados Unidos, que nunca o ratificaram.

- Concorda em estudar novos mecanismos de mercado para ajudar os países em desenvolvimento a limitar suas emissões e discutir essas propostas na próxima conferência, no final de 2011, em Durban (África do Sul).

VERIFICAÇÃO DAS AÇÕES DOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO PARA REDUZIR AS EMISSÕES:

- Esses países, especialmente os grandes emergentes, como China, Brasil e Índia, "em função de suas suas capacidades", divulgarão a cada dois anos relatórios que mostrem seus inventários de gases de efeito estufa, e informações sobre suas ações para reduzí-los.

- Esses relatórios serão submetidos a Consultas e Análises Internacionais, "não intrusivas", "não punitivas" e "respeitando a soberania nacional".

REDUZIR O DESMATAMENTO:

- Traz o objetivo de "reduzir, parar e reverter a perda de extensão florestal" nas florestas tropicais. O desmatamento responde por 20% das emissões de gases de efeito estufa globais. Pede aos países em desenvolvimento que tracem seus planos para combater o desmatamento, mas não inclui o uso de mercados de carbono para seu financiamento.

- Exorta todos os países a respeitar os direitos dos povos indígenas.


fonte: AFP

11 dezembro 2010

Campanha Brasil 2020

A Campanha é uma iniciativa global que vê na atual mudança climática uma oportunidade para crescimento e desenvolvimento co-criativo. Uma oportunidade para migrar para um novo sistema de convivência.

A Campanha propõe a mobilização de lideranças mundiais, desde o cidadão comum ao chefe de estado, para contribuir com a redução das emissões de carbono, restaurar os sistemas naturais e consolidar a Economia Climática Global até 2020.

Este é um movimento mundial que tem como princípio a sinergia com iniciativas transformadoras e atividades produtivas verdes, para o crescimento sustentável, com a mudança de postura das sociedades em todo o mundo.

Princípios da Campanha:

  • Os sistemas naturais que respondem aos ciclos geotérmico e geomagnético do planeta foram desequilibrados pela atividade humana. Atualmente estamos colocando 90 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera a cada 24 horas. Nossa responsabilidade consiste em restaurar o equilíbrio dos sistemas naturais e aprender a viver em harmonia com eles.
  • Atravessamos um ciclo planetário de mudanças climáticas, os sistemas naturais que respondem a estes ciclos foram desequilibrados pela atividade humana. Nossa parcela de responsabilidade consiste em recuperar o equilíbrio dos sistemas naturais e aprender a viver em harmonia com eles.
  • Os eventos naturais nos convocam a uma ação imediata, sistêmica e coletiva. Teremos que aprender juntos para educar, mobilizar e promover a liderança necessária a esta transição.
  • Sinergia é uma grande ferramenta para o sucesso desta mudança. Promover a sinergia entre iniciativas que sejam capazes de consolidar uma nova forma de viver com e no planeta, torna-se fundamental e inadiável.
  • A Renascença Brasileira: O despertar do Gigante Verde Dourado adormecido que acorda para uma transformação interna e mundial e promover o fortalecimento do Brasil como líder e protagonista de uma mudança global, nos coloca diante do nosso próprio destino e provoca impacto na comunidade global.
  • Liderança Climática leva à Prosperidade Climática. A nova economia requer a formação de novos talentos e oferece oportunidades verdes para todos. Propõe novos modelos de arquitetura financeira e de convivência, que exigem a co-criatividade inclusiva.
  • É necessário honrar os desafios e tratá-los na perspectivas das soluções. Não estamos numa crise por falta de soluções e sim por não estarmos implantando as soluções já existentes.
  • 2020 é um horizonte, uma visão, uma meta para alcançar resultados cruciais para nossa civilização.


Conheça algumas ações que podem ajudar o planeta:

1. TAMPE SUAS PANELAS ENQUANTO COZINHA
Parece óbvio, não é? E é mesmo! Ao tampar as panelas enquanto cozinha você aproveita o calor que simplesmente se perderia no ar.


2. USE UMA GARRAFA TÉRMICA COM ÁGUA GELADA
Compre daquelas garrafas térmicas de acampamento, de 2 ou 5 litros . Abasteça-a de água bem gelada com uma bandeja de cubos de gelo pela manhã. Você terá água gelada até a noite e evitará o abre-fecha da geladeira


3. APRENDA A COZINHAR EM PANELA DE PRESSÃO
Acredite, dá pra cozinhar tudo em panela de pressão: Feijão, arroz, macarrão, carne, peixe etc. Muito mais rápido e economizando 70% de gás.


4. COZINHE COM FOGO MÍNIMO
Não adianta! Por mais que você aumente o fogo, sua comida não vai cozinhar mais depressa, pois a água não ultrapassa 100ºC em uma panela comum. Com o fogo alto, você vai é queimar sua comida.


Para saber mais informações sobre a campanha, acesse o site www.brasil2020.com.br, no site você pode também calcular as suas emissões de CO2.

O Blog Planetaagora apoia essa campanha.

10 dezembro 2010

Brasileiro está se preocupando mais com o Aquecimento Global


O aquecimento global está deixando o brasileiro mais preocupado. Pesquisa da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e do Ibope apresentada nesta terça-feira (7) na Conferência do Clima, em Cancún, mostrou que o aquecimento global foi considerado muito grave por 60% dos entrevistados. Na pesquisa realizada no ano passado, 47% pensavam dessa forma.

Mas é o desmatamento das florestas o tema ambiental que mais preocupa o brasileiro. Ele foi citado por 44% dos entrevistados, seguido pela poluição da água (32%) e pelo aquecimento global (26%).

A pesquisa também mostrou que 47% dos entrevistados acreditam que é possível conciliar proteção ambiental com crescimento econômico, e 51% aceitariam pagar mais por produtos ecologicamente corretos.

“Isto desmente algumas antigas crenças de as pessoas achassem que o desenvolvimento pode ser barrado pela preservação do meio ambiente”, disse Heloisa Menezes, diretora de Relações Institucionais da CNI.

A maioria dos pesquisados (78%) atribui às ações humanas o fato de a temperatura da Terra estar aumentando; 11% acreditam que o aquecimento global é um processo natural; e os outros 11% não souberam responder.


fonte: UltimoSegundoIG


    Conferência do Clima entra na reta final

    Brasil quer corte nas emissões de 36 a 38% ate 2020.

    A presidência da Cop-16 quer analisar o relatório de cada área das negociações até as 20h desta quinta-feira (9), 0h no horário de Brasília. Isto para que os acertos finais sejam feitos até amanhã e um possível novo acordo seja fechado entre os mais de 190 países que integram a convenção.

    Ontem a chanceler mexicana Patricia Espinosa chamou 50 países para uma plenária para que eles fizessem relatos dos temas referentes ao chamado pacote balanceado de decisões que estão sendo discutidos nesta Cop-16. Os assuntos envolvem de mitigação, adaptação, financiamento, transferência de tecnologia, Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+), além da visão compartilhada. A idéia é que as negociações sobre cada tema andem de maneira equilibrada.

    “A maioria dos países pediu mais tempo para a consolidação dos temas. Hoje será um dia decisivo”, disse a ministra de meio ambiente, Izabella Teixeira.

    De acordo com a Izabella todas as áreas apresentaram “suas sensibilidades”, incluindo a questão referente ao Protocolo de Kyoto. Nesta Conferência, coube ao Brasil e ao Reino Unido o papel de facilitadores das negociações sobre o segundo período de vigência do Protocolo de Kyoto.

    O tratado, que expira em 2012, é o único acordo obrigatório sobre a redução das emissões. Ele exige que quase 40 países desenvolvidos reduzam suas emissões de gases do efeito estufa, em 5,2% entre 2008 e 2012. Após este período, ainda não foi estipulado nenhum substituto ao protocolo.

    Alguns países se recusam a aceitar um novo período de vigência do protocolo. Já no segundo dia da Conferência em Cancún, Japão anunciou que recusava o segundo período. Logo depois, Canadá, Austrália e Rússia demonstraram querer fazer o mesmo.

    Sobre a circulação de um texto sobre um acordo paralelo, Izabela Teixeira foi taxativa. “Eu não vi nenhum texto escrito por ninguém”, disse. De acordo com matéria do jornal britânico “The Guardian”, Europa e o grupo dos países insulares, em conjunto, estariam tentando propor um novo tratado internacional para a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa.

    Plano Nacional de Mudanças Climáticas

    A ministra Izabella Teixeira falou hoje no plenário da Conferência do Clima e comunicou a assinatura do presidente Lula do decreto da Política de Mudanças Climáticas no Brasil. O plano foi assinado pelo presidente Lula hoje e estipula as estratégias que o Brasil vai usar para atingir a meta de 36% a 38% até 2020 de redução das emissões de gases causadores do efeito estufa. O plano se refere a reduções de emissões nas áreas de desmatamento na Amazônia, desmatamento do cerrado, siderurgia, energia e agricultura.

    O decreto prevê que o máximo das emissões do Brasil de gases causadores do efeito estufa seja de 2 bilhões de toneladas em 2020. Estudos mostram que com a previsão de crescimento econômico de 5% ao ano, estas emissões poderiam ser de 3,2 bilhões de toneladas, á em 1,8 bilhões de toneladas.

    “É o primeiro país do mundo a apresentar o cenário concreto e de longo prazo de redução de emissões no planeta. Isso que dizer que a gente vem negociar com ação feita, está exigindo coisas, mas internamente também estamos fazendo”, disse a jornalistas.

    08 dezembro 2010

    Eco.lógica Design ganha endereço na Internet



    A Eco.lógica Design, loja que comercializa objetos de decoração com design sustentável na cidade de Vitória (ES) desde 2008, acaba de ganhar sua versão virtual, que é a primeira do país.

    Seu endereço, www.ecologicadesign.com.br, reúne o melhor do ecodesign brasileiro, num mix de produtos que oferecem uma combinação perfeita entre sustentabilidade, design e bom gosto. Todos os produtos à venda na loja (objetos de decoração, quadros, móveis e acessórios) são concebidos a partir do conceito de sustentabilidade, utilizando-se madeiras renováveis, materiais reciclados, recicláveis e reaproveitamento de resíduos.

    A loja é uma iniciativa da designer capixaba Isabela Castello, que há nove anos cria quadros e objetos de decoração, com responsabilidade ambiental. Ela criou este espaço visando proporcionar ainda mais visibilidade para artistas, artesãos e designers que usam seu talento e criatividade em benefício do planeta. "Ao longo de minha carreira como artista e designer, conheci muitos profissionais criativos e talentosos que produziam objetos lindos, respeitando o meio-ambiente. Destes contatos, surgiu a Eco.lógica Design, um espaço onde poderia reunir todos estes produtos, todos estes designers, todo este talento e criatividade, oferecendo ao mercado uma alternativa para aquelas pessoas que buscam produtos com responsabilidade ambiental", afirma a empreendedora.

    As técnicas e materiais utilizados na produção desses objetos vão desde os mais conhecidos como papel machê, capim dourado, madeira de reflorestamento, sementes, bambu, até outros mais inusitados, como palha de café, filtros de café usados e descartados, escamas de peixe, conchas de ostras, reaproveitamento de resíduos descartados por empresas, como serragem, papel, E.V.A., sobras de madeira, etc.

    As peças estão disponíveis para vendas em todo o Brasil através do site.

    Conheça alguns desses produtos com design sustentável:

    Espiral cinética
    Mandala feita com resíduos multicoloridos de e.v.a, são cortados em forma de rodelas, confeccionadas artesanalmente, geram efeitos óticos instigantes e por vezes arrebatadores.

    Centro de mesa borboleta
    Centro de mesa feito com toras grandes de eucalipto, inspirado nas asas das borboletas. Acabamento em verniz.

    Porta-lápis furos
    Produzido a partir do reaproveitamento de sobras de madeiras prensadas e coladas. O cubo é furado em 5 das 6 faces que possui, de modo que o usuário possa brincar com as diversas possibilidades de posicionamento dos lápis.


    Eco.lógica Design
    www.ecológicadesign.com.br
    Sac: atendimento@ecologica.com.br
    Formas de pagamento:
    Boleto bancário e cartões de crédito Visa, Mastercard e Diners.
    Prazo de entrega:
    Varia de 3 a 10 dias úteis após confirmação de pagamento, de acordo com a opção sedex ou encomenda comum.

    Vale a pena conferir o site. =)

    Créditos: Caroline Brito\NamoskaOnline.com.br

    07 dezembro 2010

    Tûranor Planet - Maior Barco solar do Mundo

    Planet Solar é um projeto do suiço Raphael Domjan, viabilizado pelo empreendedor alemão Immo Ströher, proprietário do Tûranor. Projetado na Nova Zelândia e construído na Alemanha, o barco tem seu nome derivado da saga Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien, e significa “O Poder do Sol”. Siga a jornada do Tûranor pelo site www.planetsolar.org.

    O tûrano Planet está em Cancun para o convenção das Mudanças Climáticas.

    Clique aqui e confira no site da Veja.com



    06 dezembro 2010

    Emissão de CO2 em tempo real



    BreathingEarth.net. Site traz em tempo real, Emissões de CO2, nascimentos e mortes.

    O serviço é apresentar em tempo real questões de emissão de gás carbônico na atmosfera, dos nascimentos, mortes e algo mais sobre a vida na terra

    A polêmica! O site é bem produzido e atinge o seu objetivo: Conscientizarão sobre a Vida. Em um dos campos é apresento informações sobre a quantidade de pessoas que nasce ao passo que morrem outras, aliado a elas a informação de quantas toneladas de “CO2? (Gás Carbônico) são lançadas na atmosfera desde o momento em que você entra no site.

    Greenpeace denuncia falta de compromisso na COP 16

    O texto debatido neste sábado em Cancún pelos países-membros do Convenção de Mudança Climática adoça o compromisso de limitar a dois graus o aumento da temperatura da Terra, denunciou o Greenpeace em declarações à EFE.

    Segundo a responsável de mudança climática do Greenpeace Espanha, Aída Vilar, o documento discutido na sessão plenária da cúpula do clima omite a palavra "muito" ao se referir a tal promessa, atingida na reunião anterior de Copenhague.

    Um aspecto positivo consiste em que se mantém a necessidade de revisar tal parâmetro em função da ciência.

    Em linhas gerais, o documento - que ainda carece do status formal de texto-base para a negociação - recolhe muitas opções e em alguns casos sem pontos intermediários.

    De acordo com Aída, a primeira coisa que é preciso fazer é elevar os compromissos de redução de emissões de gases poluentes, porque "no texto não fica clara a diferença entre os compromissos apresentados e os que os cientistas exigem".

    O objetivo é que desapareça o buraco existente entre "o que é e o que deve ser", disse Aída, reivindicando que os objetivos de redução sejam recolhidos em um futuro acordo sob os auspícios da ONU.

    05 dezembro 2010

    Novo Game tem como objetivo Salvar a Terra do Aquecimento Global

    Dirigir um carro de Fórmula 1 ou tocar em uma banda é algo comum para os fãs de videogames. Agora, eles poderão superar um desafio bastante diferente: salvar a Terra dos efeitos do aquecimento global, em um jogo que usa como base dados científicos.

    "O jogador pode comandar o planeta durante 200 anos, e pode salvá-lo ou destruí-lo em função das políticas ecológicas, econômicas e sociais aplicadas", resume o criador do jogo, o britânico Gobion Rowlands.

    O jogador é nomeado diretor da Organização Internacional Ecológica (OIE), e tem nas mãos "O destino do mundo" (nome do jogo).

    O administrador do planeta poderá, por exemplo, proibir o desmatamento da floresta amazônica, impor a eletricidade nos transportes públicos na Europa ou generalizar a política do filho único por família em toda a Ásia.

    No entanto, terá que levar em conta todos os parâmetros: se decidir reduzir a natalidade para proteger os recursos naturais, a mão de obra pode escassear, a idade mínima para a aposentadoria pode ser aumentada para 80 anos e a população pode se rebelar contra a organização.

    O jogador pode ver o impacto de suas decisões por etapas de cinco anos: o orangotango protegido sai da lista de espécies em extinção, a temperatura da Terra diminui em um grau ou parte da Europa fica inundada, enquanto a guerra causa estragos na África devido às colheitas fracas.

    "As pessoas aprenderão sobre o assunto tanto destruindo o mundo como salvando-o", estimou Gobion Rowlands, de 35 anos, que preside a sociedade de videogames Red Redemption.

    "O Destino do mundo" foi concebido a partir de projeções científicas, econômicas e demográficas da Nasa, das Nações Unidas e até da Universidade de Oxford.

    "O jogo nos permite experimentar o tipo de decisões que poderemos enfrentar em breve, e ver que as respostas não são fáceis", afirmou Myles Allen, especialista em aquecimento global da Universidade de Oxford.

    Apesar dos gráficos pouco sofisticados, o jogo pedagógico, que se diferencia dos videogames tradicionais, frequentemente muito violentos, foi bem recebido por organizações de defesa do meio ambiente, que se associaram ao projeto.

    Uma versão Beta do jogo já está disponível na Internet, e a definitiva será lançada em inglês no começo de fevereiro

    03 dezembro 2010

    Aquecimento Global causará 1 milhão de mortes em 2030

    CANCÚN, México, 3 dez 2010 (AFP) -A partir de 2030, a mudança climática causará indiretamente cerca de um milhão de mortes por ano, trazendo, também, prejuízos anuais de 157 bilhões de dólares, segundo informe divulgado nesta sexta-feira em Cancún, México.

    A miséria se concentrará em mais de 50 dos países mais pobres do planeta, mas os Estados Unidos vão pagar o maior preço econômico, diz o estudo.

    "Em menos de 20 anos, quase todos os países do mundo perceberão sua alta vulnerabilidade ante o impacto do clima, à medida que o planeta se aqueça", advertiu o relatório apresentado na conferência da ONU sobre o clima celebrada em Cancún, leste do México.

    O estudo, compilado por uma organização humanitária de países vulneráveis a mudanças climáticas, avaliou a forma como 184 nações serão afetadas em quatro áreas: saúde, desastres climáticos, perda do hábitat humano devido à desertificação e a elevação do nível do mar, além do estresse econômico.

    Os que enfrentam "aguda" exposição são 54 países pobres ou muito pobres, incluindo a Índia. São os que sofrerão desproporcionadamente em relação a outros, porque são os últimos culpados pela emissão de gases de efeito estufa que provocam as mudanças, diz o informe.

    "Se não houver ações corretivas", diz uma nota à imprensa, que acompanha o estudo, o mundo "se dirigirá a uma triste situação".

    Mais da metade dos 157 bilhões de dólares em perdas - em termos da economia atual - terá lugar nas potências industrializadas, encabeçadas por Estados Unidos, Japão e Alemanha. Mas em termos de custo para o PBI, a proporção será muito menor nestas nações.

    O documento foi divulgado por DARA, uma ONG com sede em Madri, e o fórum climático vulnerável, uma coalizão de ilhas-nação e outros países mais expostos à mudança climática.

    As delegações de mais de 190 nações estão reunidas em Cancún desde 29 de novembro e até 10 de dezembro com o objetivo de reavivar a negociação internacional sobre a luta contra a mudança climática.

    Saiba o que grandes marcas podem fazer pela sua saúde

    Na hora de comprar um celular ou um computador levamos em consideração preço e qualidade. Descobrir que o aparelho está carregado de produtos tóxicos e que a empresa produtora não respeita critérios ambientais de descarte e reciclagem e usa energia suja para produzi-lo mudaria essa compra? A resposta do mercado é, cada vez mais, sim. Enquanto consumidores buscam produtos ecologicamente corretos, grandes marcas se esmeram por um bom lugar em nosso Guia de Eletrônicos Verdes.

    Na última década, a vida útil de um computador passou de seis para dois anos, tempo em que ele já está pronto para ser substituído pelo último modelo. O mesmo vale para celular, aparelhos de TV e de jogos eletrônicos. A febre por inovação faz com que, a cada ano, entre 20 e 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico parem em aterros ou sejam incineradas, quantidade suficiente para encher caminhões enfileirados em uma volta ao redor da Terra. O lixo eletrônico, em muitos países, já chega a 5% de todo o resíduo sólido urbano rejeitado. Na Europa, esse tipo de descarte cresce três vezes mais rápido do que qualquer outro.

    Não é só a quantidade que assusta. Aparelhos eletrônicos são uma mistura de produtos tóxicos e metais pesados, com alto potencial de prejuízo à saúde humana. Um celular pode conter entre 500 e 1.000 componentes, alguns altamente perigosos como chumbo, mercúrio, cádmio e berílio. Os maiores vilões dessa lista são os Retardantes de Chama Brominados (BFR, na sigla em inglês), substância usada para inibir a combustão, e o PVC, componente do plástico. Eles não só poluem o ambiente, como colocam trabalhadores em risco de exposição tóxica durante a produção e o descarte do aparelho.

    Segundo dados da Agência Americana de Proteção Ambiental (EPA), mais de três quartos dos computadores vendidos no país acumulam pó em armazéns ou estão empilhados em garagens e armários. Quando não vão para o lixo, eles são revendidos, muitas vezes ilegalmente, para países em desenvolvimento, onde a população tem menor poder aquisitivo para comprar novos. O resultado? Em pouco tempo vão parar nos lixões por lá também. A previsão é que, com isso, esses países tripliquem a produção do chamado “e-lixo” nos próximos cinco anos.

    Confira o ranking das empresas que mais contribuem para com esses lixos:

    7.3 Nokia – Permanece em 1° lugar, perdendo pontos em relação à última edição por não apoiar uma legislação mais severa para a Restrição a Substâncias Perigosas (Restriction of Hazardous Substances – RoHS, do inglês). Ganha pontos por baixo uso de tóxicos e perde no quesito redução de energia.

    6.9 Sony Ericsson – Entra no 2º lugar do ranking graças à boa conduta com tóxicos: é a primeira empresa a obter pontuação máxima em todos os critérios químicos avaliados.

    5.3 Toshiba – Traz progressos na eliminação de tóxicos, mas falha em apresentar metas consistentes para maiores diminuições no futuro e por não apoiar novas diretrizes para o acordo de Restrição a Substâncias Perigosas (RoHS). Corre o risco de cair mais caso não cumpra o prazo prometido de apresentar modelos livres de PVC e BRF até abril de 2010.

    5.3 Philips – O fraco apoio à revisão de RoHS mantém a Philips no 4º lugar, apesar de sua boa pontuação nos quesitos químicos e energéticos.

    5.1 Apple – A subida continua para a Apple, que em três edições passou do 11º ao 5º lugar. Sua melhor pontuação ficou no critério de químicos: todos os seus produtos estão livres de PVC e BFR.

    5.1 LG Electronics – Promessas não cumpridas impediram a empresa de subir no ranking. Ter todos os produtos livres de toxinas até o fim de 2010 já não é factível. O novo acordo define que celulares cumprirão a meta. Monitores de TV e computadores terão de esperar até 2012 e aparelhos domésticos, até 2014.

    5.1 Sony – Boa atuação em cortes e compensações de emissão de gases de efeito estufa. 75% da linha de laptops Sony Vaio já preenche os principais requisitos de uso energético.

    5.1 Motorola – Pequena queda no ranking, graças ao fraco apoio a uma legislação mais rigorosa no acordo de Restrição a Substâncias Perigosas (RoHS) e ao posicionamento pouco definido sobre a completa eliminação de PVC, CRF e BFR no prazo de três a cinco anos.

    5.1 Samsung – Queda drástica para a Samsung, que passou de um glorioso 2º para o 7º lugar, penalizada recentemente pelo não cumprimento dos acordos firmados. A empresa prometera eliminar BFR até janeiro de 2010, o que não foi realizado. A nova data é janeiro de 2011, mas somente para computadores estilo notebook. TV e equipamentos domésticos ainda não têm data definida.

    4.9 Panasonic – Nada muda para a Panasonic, empresa com boa pontuação em energia, mas fraca em lixo e reciclagem.

    4.7 HP – Melhorou de posição graças ao apoio global à redução de emissões de gases do efeito estufa, mas peca pela falta de suporte à nova legislação sobre tóxicos (RoHS).

    4.5 Acer – Nada muda para a Acer, que se fortaleceu no apoio à nova legislação de substâncias perigosas.

    4.5 Sharp – Perde pontos por não deixar claro seu posicionamento sobre eliminação de tóxicos e nova legislação de químicos.

    3.9 Dell – Fraca no critério de energia, a empresa teve pontos retirados também por não cumprir o prazo de fim de 2009 para a eliminação de PVC e BFR. A nova data agora é fim de 2011.

    3.5 Fujitsu – A empresa melhorou no ranking por apoiar medidas de redução global de emissões de gases do efeito estufa e por ações mais concretas dentro de casa. Todos os notebooks e tablets lançados atingiram os últimos padrões requisitados de eficiência energética.

    2.5 Lenovo – A posição da empresa permanece a mesma, com pontos perdidos graças ao não cumprimento das metas de eliminação de PVC e BFR até o fim de 2009.

    2.4 Microsoft – Perdeu pontos pela falta de adesão a uma nova legislação para o uso de substâncias perigosas.

    1.4 Nintendo – A empresa segue no mau exemplo, com nenhum ganho de pontos.

    fonte: Greenpeace

    02 dezembro 2010

    Cronologia das Conferências do Clima

    1972: Estocolmo (Suécia), PNUMA

    Conhecida como a Primeira Conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o Meio Ambiente [ou Ambiente Humano], elaborou 26 princípios "para guiar os povos do mundo na preservação e melhoria do meio ambiente". É o marco para o início das discussões em nível mundial sobre questões ambientais.

    No mesmo ano, foi criado o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que tem sede no Quênia.

    1988: Toronto (Canadá), IPCC

    Primeira Conferência Mundial sobre o Clima, que reuniu cientistas e alertou para a necessidade de reduzir os gases do efeito estufa. A ONU cria o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), para avaliar o risco da mudança climática devido à atividade humana.

    1990: Genebra (Suíça), 1º relatório do IPCC

    Estabeleceu a necessidade de um tal tratado internacional climático, que acabaria sendo produzido em 1992. As negociações para ele começaram no mesmo ano, com a criação de um comitê para produzi-lo: o Comitê Intergovernamental de Negociação para uma Convenção-Quadro sobre Mudanças Climáticas.

    O IPCC divulga seu primeiro relatório de avaliação, que mostrava que a temperatura do planeta estaria aumentando. A projeção era de cerca de 0,15 ºC e 0,3 ºC para a década seguinte.

    1992: Rio de Janeiro (Brasil), Eco-92 e criação da UNFCC

    A Conferência das Nações Unidas Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD ou Rio-92) resulta nos tratados internacionais Agenda 21, Convenção da Biodiversidade e Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCC, na sigla em inglês). O objetivo da UNFCC é de estabilizar a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera.

    1995: Berlim (Alemanha), COP-1

    Na primeira Conferência das Partes (COP-1), foram definidos os compromissos legais de redução de emissões, que fariam parte do Protocolo de Kyoto. No mesmo ano, é divulgado o segundo relatório do IPCC.

    1996: Genebra (Suíça)

    Na COP-2, fica definido que os relatórios do IPCC nortearão as decisões futuras.

    1997: Kyoto (Japão), Protocolo de Kyoto

    A COP-3 passa para a história como a convenção em que a comunidade internacional firmou um amplo acordo de caráter ambiental, apesar das divergências entre Estados Unidos e União Europeia: o Protocolo de Kyoto.

    Ele é um instrumento legal que sugere a redução de emissões de gases do efeito estufa nos países signatários e, no caso dos grandes poluidores do mundo desenvolvido, impõe metas variadas de redução, sendo 5,2% em média, tomando como parâmetro as emissões de 1990. Para que tivesse efeito, teria que ser ratificado pelos países desenvolvidos, cuja soma de emissões de CO2 representava 55% do total. São criados o MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), a partir de uma proposta brasileira, e os certificados de carbono.

    1998: Buenos Aires (Argentina)

    Na COP-4, começam as discussões sobre um cronograma para implementar o Protocolo de Kyoto. No ano seguinte, durante a COP-5, em Bonn (Alemanha), as discussões de implementação continuam.

    2000: Haia (Bélgica), EUA abandonam Kyoto

    A tensão entre a União Europeia e o grupo liderado pelos Estados Unidos aumenta na COP-6, levando ao impasse as negociações. No ano seguinte, o presidente George W. Bush declara que os Estados Unidos não ratificarão o Protocolo de Kyoto, um entrave para a continuidade das negociações. Com a saída do maior poluidor do mundo, o protocolo corre o risco de perder seu efeito.

    2001: Bonn (Alemanha) e Marrakesh (Marrocos)

    O IPCC convoca uma COP extraordinária para divulgar o terceiro relatório, em que fica cada vez mais evidente a interferência do homem nas mudanças climáticas. A tensão entre os países industrializados diminui na COP-7, em Marrakesh.

    2002: Nova Déli (Índia)

    A COP-8 pede ações mais objetivas para a redução das emissões. Os países entram em acordo sobre as regras do MDL. A questão do desenvolvimento sustentável entra em foco.

    2003: Milão (Itália)

    Na COP-9, aprofundam-se as diferenças entre os países industrializados e o resto do mundo. Fica clara a falta de lideranças comprometidas para costurar acordos, o que é cobrado por ONGs. O assunto "florestas" entra em pauta.

    2004: Buenos Aires (Argentina)

    Iniciam-se, durante a COP-10, discussões informais sobre novos compromissos de longo prazo a partir de 2012, quando vence o primeiro período do Protocolo de Kyoto.

    2005: Montreal (Canadá)

    Fica clara a necessidade de um amplo acordo internacional, ajustado à nova realidade mundial: Brasil, China e Índia tornaram-se emissores importantes. Na COP-11, é proposta pelo Brasil a negociação em dois trilhos: o pós-Kyoto e outra paralela entre os grandes emissores, o que inclui os Estados Unidos.

    2006: Nairóbi (Quênia), Redd

    Na COP-12, a vulnerabilidade dos países mais pobres fica evidente. Ainda repercute o Relatório Stern, lançado na Inglaterra no mesmo ano e considerado o estudo econômico mais complexo e abrangente sobre os prejuízos do aquecimento global. Em Nairóbi, o Brasil apresenta a proposta de um mecanismo de incentivos financeiros para a manutenção das florestas, o Redd (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação).

    2007: Bali (Indonésia), Mapa do Caminho

    É criado o Mapa do Caminho, com cinco pilares de discussão para facilitar a assinatura de um compromisso internacional em Copenhague: visão compartilhada, mitigação, adaptação, transferência de tecnologia e suporte financeiro.

    Na COP-13 ficou acertado que seriam criados um fundo de recursos para os países em desenvolvimento e as Namas (Ações de Mitigação Nacionalmente Adequadas), modelo ideal para os países em desenvolvimento que, mesmo sem obrigação legal, concordem em diminuir suas emissões.

    2008: Poznan (Polônia)

    Continuam as costuras para um acordo amplo em Compenhague, sem muitos avanços. O Brasil lança o Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), incluindo metas para a redução do desmatamento. Apresenta ainda o Fundo Amazônia, iniciativa para captar recursos para projetos de combate ao desmatamento e de promoção da conservação e uso sustentável na região.