O texto debatido neste sábado em Cancún pelos países-membros do Convenção de Mudança Climática adoça o compromisso de limitar a dois graus o aumento da temperatura da Terra, denunciou o Greenpeace em declarações à EFE.
Segundo a responsável de mudança climática do Greenpeace Espanha, Aída Vilar, o documento discutido na sessão plenária da cúpula do clima omite a palavra "muito" ao se referir a tal promessa, atingida na reunião anterior de Copenhague.
Um aspecto positivo consiste em que se mantém a necessidade de revisar tal parâmetro em função da ciência.
Em linhas gerais, o documento - que ainda carece do status formal de texto-base para a negociação - recolhe muitas opções e em alguns casos sem pontos intermediários.
De acordo com Aída, a primeira coisa que é preciso fazer é elevar os compromissos de redução de emissões de gases poluentes, porque "no texto não fica clara a diferença entre os compromissos apresentados e os que os cientistas exigem".
O objetivo é que desapareça o buraco existente entre "o que é e o que deve ser", disse Aída, reivindicando que os objetivos de redução sejam recolhidos em um futuro acordo sob os auspícios da ONU.
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