31 agosto 2009

Agricultura pode ajudar a reduzir o aquecimento global


Muitas vezes, os produtores rurais são apontados como os vilões das emissões de carbono que provocam o efeito estufa. Uma audiência pública, nesta quinta, dia 27, na Comissão de Agricultura da Câmara, debateu o tema e mostrou que a atividade agrícola ao contrário pode contribuir para a redução do aquecimento global.

O plantio direto, uma invenção genuinamente brasileira, e até mesmo a braquiária, que sequestra até 200 toneladas de carbono por hectare, contribuem para a redução do aumento da temperatura do planeta. A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) diz que os produtores rurais não podem ser considerados os vilões do meio ambiente.

— Hoje o que a gente está sofrendo é um processo de criminalização muito grande como se o agricultor fosse responsável por isso sozinho. E a gente sabe que até mesmo só é financiado aquilo que eles [os bancos] acham que tem interesse do mercado, e não a sustentabilidade. Um ponto recorrente das discussões é a possibilidade de remunerar os produtores rurais que preservarem a floresta, mas o Projeto de Lei do governo encaminhado para análise, aqui, aqui do Congresso Nacional prevê, no entanto, o pagamento apenas às pequenas propriedades de até quatro módulos fiscais. As grandes áreas, onde estão as maiores concentrações de floresta ficaram de fora — explicou a vice-presidente de Relações Internacionais da Contag, Alessandra Lunas.

O deputado federal Abelardo Lupion (DEM-PR) é contra a diferenciação entre os produtores e diz que vai apresentar uma emenda à proposta do governo.

— Nós vamos emendar, obviamente, nós não aceitamos essa divisão. Nós achamos que não podemos, sob hipótese alguma, admitir nos dividir. Enquanto estivermos unidos, nós somos fortes. O dia que estivermos desunidos, nós vamos ser massa de manobra — disse o deputado.

Para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a ajuda financeira aos produtores que contribuírem para a redução dos gases do efeito estufa não será significativa.

— O pagamento de serviços ambientais é um plus que pode ajudar numa certificação, até um preço diferenciado no futuro por ele ter uma determinada certificação. Ele ajuda a não fechar as portas daquele produtor ao mercado externo evitando barreiras comerciais não-tarifárias — finalizou o assessor técnico da CNA, Rodrigo Britto.

28 agosto 2009

Incêndios na Califórnia


LOS ANGELES - Milhares de moradores do condado de Los Angeles, na Califórnia, tiveram que abandonar suas casas na madrugada desta sexta-feira perante o avanço de um incêndio, que ameaça várias construções da região, informou o departamento de bombeiros.

Em Palos Verdes, que reúne um grupo de cidades costeiras da Califórnia, entre duas e três mil pessoas tiveram que abandonar suas casas devido à velocidade do avanço do incêndio, originado no fim desta quinta-feira.

Não foram registrados ainda feridos e as equipes de bombeiros trabalham durante a noite para conseguir controlar o fogo, que consome uma área de difícil acesso e com vegetação seca.

Na cidade de Cañada Flintridge, 500 casas estão sob ordem de despejo depois que o fogo, que começou na área do parque natural Angeles National Forest, avançou em direção a uma zona habitada e deixou ao menos 200 hectares queimados.

"Quase 500 bombeiros, quatro aviões e oito helicópteros lutam contra o fogo, que se espalha queimando uma área densa de arbustos secos", disse Frederic Stowers, inspetor de bombeiros do condado de Los Angeles.


(fonte: IG)

27 agosto 2009

Britânicos defendem uso de árvores artificiais para reduzir carbono

Cientistas britânicos afirmam que o método mais prático e barato de reduzir as emissões de dióxido de carbono na atmosfera é o uso de árvores artificiais.

Em um relatório publicado nessa semana pela Instituição Britânica de Engenheiros Mecânicos, os engenheiros afirmam que por US$ 20 mil (R$ 37mil), uma única árvore artificial poderia remover o CO2 emitido por 20 carros.

A instituição afirma que outros métodos potenciais, como o uso de espelhos defletores no espaço são pouco práticas e demasiadamente caros para serem implementados.

Segundo os engenheiros, as árvores artificiais, que medem cerca de 12 metros de altura, ainda são um protótipo, mas quando finalizadas, poderiam ser instaladas ao lado de rodovias ou perto de turbinas de ar no mar.

As árvores trabalham capturando o CO2 do ar através de um filtro. Depois disso, o carbono seria removido e armazenado. O relatório sugere ainda que novas tecnologias para armazenagem de CO2 continuem a ser desenvolvidas em paralelo ao projeto das árvores.

Uma das sugestões dos cientistas é que o CO2 capturado pelas árvores artificiais poderia ser liquefeito e enterrado no subsolo, talvez em antigos poços de petróleo.

"As árvores artificiais já estão no estágio de protótipo e o design já está avançado em termos de automação e dos componentes que serão usados", disse à BBC Tim Fox, principal autor do documento.

De acordo com ele, as árvores podem ser produzidas em massa em pouco tempo.

Opções

A equipe de engenheiros sugeriu ainda outro método para capturar carbono - a instalação do que chamam de "fotobiorreatores de alga" nos prédios.

Segundo os cientistas, os fotobiorreatores seriam recipientes transparentes que contêm algas que poderiam remover o carbono da atmosfera durante a fotossíntese.

O relatório cita ainda um terceiro método, que se concentra na redução da radiação solar pela reflexão da luz do Sol de volta ao espaço. De acordo com o documento, o modo mais fácil de adotar esse método seria instalar telhados refletores nos prédios.

Os engenheiros afirmam que os três métodos sugeridos no relatório foram escolhidos porque são tecnologias de baixo consumo de carbono e não aumentam ainda mais o problema das emissões.

Além disso, eles afirmam ainda que as três opções são práticas e possíveis com o uso da tecnologia já disponível.

Geoengenharia

Apesar disso, o grupo ressalta que os métodos ainda precisam de pesquisas e estudos.

Para isso, o grupo pediu ao governo britânico um investimento de 10 milhões de libras (cerca de R$ 30,5 milhões) que seriam destinados à análise sobre a eficácia, os riscos e os custos dos projetos de geoengenharia.

"Acreditamos que a geoengenharia prática que estamos propondo deva ser adotada e se torne parte de nossa paisagem em cerca de 10 ou 20 anos", disse Fox.

De acordo com ele, porém, a geoengenharia não deve ser vista como única opção para o combate ao aquecimento global.

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Entenda a COP 15


Representantes de cerca de 200 países estarão em Copenhague (Dinamarca) entre os dias 7 e 18 de dezembro deste ano para um dos encontros mais importantes na história – a 15a. Conferência das Partes (COP 15) da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Sua realização é aguardada com expectativa e esperança por todos os que se preocupam com as mudanças climáticas e seus impactos no planeta.

entenda tudo isso, clicando aqui

26 agosto 2009

Empresas assinam compromisso de redução de CO2



Uma carta de comprometimento em reduzir continuamente a emissão de gases de efeito estufa foi assinada por 18 das maiores empresas atuantes no Brasil. As companhias em destaque no cenário nacional se obrigam a divulgar anualmente a quantidade de CO2 emitida.

Empresas como Natura, Vale, Grupo Pão de Açúcar, Camargo Corrêa e CPFL Energia assinaram o documento, mas também cobraram ações do governo no combate ao aquecimento global. O empresariado pede que o Brasil lidere as negociações na conferência do clima de Copenhague no fim do ano. Além disso, cobram estimativas anuais de emissões e que o governo apresente um inventário a cada três anos.

As empresas pedem ainda a simplificação da avaliação de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Por meio do MDL, os países ricos podem comprar créditos de carbono de projetos sustentáveis das nações em desenvolvimento. Assim, os países industrializados podem conseguir atingir suas cotas de redução de emissões.


(fonte: Opinião e Noticia)

Poluição e aquecimento 'encolheram' ursos polares, diz estudo


Um estudo de uma universidade da Dinamarca sugere que os ursos polares diminuíram de tamanho no último século.

Os cientistas compararam os crânios destes ursos recolhidos no começo do século 20 com os que foram recolhidos no final daquele século e descreveram mudanças no tamanho e forma que poderiam estar ligadas a um aumento na poluição e à redução do gelo no mar.

Os pesquisadores usaram os crânios como indicadores do tamanho do corpo. Os crânios do final do século 20 eram entre 2% e 9% menores.

O estresse físico causado por poluentes nos corpos dos ursos e o aumento do esforço necessário para encontrar alimento podem ter limitado o crescimento do animal, segundo a equipe de pesquisadores.

"Pelo fato de o gelo estar derretendo, os ursos precisam usar muito mais energia para caçar suas presas", explicou Cino Pertoldi, professor de biologia da Universidade Aarhus, da Dinamarca, e da Academia Polonesa de Ciência, líder deste estudo.

"Imagine que você tem dois gêmeos - um é bem alimentado durante a fase de crescimento e um está passando fome. (O que passa fome) será muito menor, pois não terá energia o bastante para destinar ao crescimento", acrescentou.

Poluentes

O estudo, publicado na revista especializada Journal of Zoology, analisou uma coleção de quase 300 crânios de ursos polares fornecida pelo Museu de Zoologia de Copenhague, na Dinamarca.

Christian Sonne, veterinário e cientista da Universidade de Aarhus que trabalhou com a equipe, afirmou que esta coleção forneceu "amostras fantásticas", abrindo uma janela para o desenvolvimento dos ursos durante um século inteiro.

Durante este período, de acordo com Sonne, as concentrações de muitos poluentes fabricados pelo homem no Ártico aumentaram de forma significativa. "O urso polar é um dos mamíferos mais poluídos do mundo", afirmou.

Para Pertoldi, a poluição é um dos fatores que podem ter causado a diminuição e a mudança na forma dos crânios dos ursos polares.

Os poluentes detectados no Ártico e nos corpos dos animais em geral eram compostos de carbono e halogênios - flúor, cloro, iodo ou brômio. Alguns desses compostos ainda são usados pelas indústrias em solventes, pesticidas, refrigeradores, adesivos e revestimentos.

"Também sabemos, a partir de estudos anteriores, que alguns poluentes químicos à base de cloro afetaram a fertilidade das fêmeas", disse Pertoldi.

Rune Dietz, outro pesquisador da Universidade de Aarhus que participou do estudo, explicou que os cientistas já conseguiram determinar uma ligação entre "poluentes persistentes orgânicos" fabricados pelo homem e a redução da densidade mineral de ossos de ursos polares, que tornar os animais vulneráveis a ferimentos e osteoporose.

Os cientistas afirmam que as mudanças observadas também poderiam estar relacionadas à redução na diversidade genética das espécies.

A caça ao urso polar no século passado pode ter exaurido o conjunto genético, o que levou os ursos polares a sofrerem os efeitos da procriação consanguínea, de acordo com o professor Pertoldi.

(fonte: IG)

25 agosto 2009

Avião movido a energia solar pode ficar cinco anos no ar

Uma companhia americana está desenvolvendo uma aeronave movida a energia solar que poderá se manter no ar por cinco anos continuamente.

A asa em forma de Z, com 150 m de envergadura, será reajustável durante o voo, para que possa absorver o máximo possível de energia do sol.

A Odysseus deverá acumular a energia do sol durante o dia e usá-la para continuar seu voo durante a noite. Na ocasião, a asa tomará uma forma plana, diminuindo sua resistência ao ar e, portanto, consumindo menos energia.

A aeronave não tripulada está sendo projetada para voar a altitudes de 18 mil a 27 mil m, e deverá ser utilizada para missões de reconhecimento, comunicações e monitoramento ambiental no âmbito de pesquisas sobre mudanças climáticas.

A empresa Aurora Flight Sciences está desenvolvendo a aeronave dentro do programa "Vulture", que tem apoio da BAE Systems, C.S. Draper Laboratories e Sierra Nevada Corporations.

Os pesquisadores divulgaram o desenho da aeronave. O protótipo deve ficar pronto em cinco anos.

(fonte: Terra)

PV! Verde apenas no nome

Apenas um quarto das propostas dos deputados do PV tem relação com o meio ambiente. Bancada heterogênea e falta de afinidade de parlamentares com a questão ambiental são desafios que Marina Silva terá de enfrentar.

O verde do partido que abriu as portas para a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva é mais forte na bandeira da legenda do que nas proposições apresentadas no Congresso. Das 305 propostas em tramitação na Câmara formuladas pelo PV na Câmara, 81 (26%) estão relacionadas ao meio ambiente. Três dos 14 parlamentares que compõem a bancada não propuseram sequer um projeto de lei envolvendo questões ambientais, principal diretriz do programa da legenda. Cinco deputados são autores de, nada menos, do que 65 (80%) dessas iniciativas.

Depois do meio ambiente, as áreas do trabalho e da defesa do consumidor são as mais visadas pelos parlamentares do PV. Uma é objeto de 26 projetos; a outra, de 25. Mudanças na legislação penal e nas regras da radiodifusão vêm logo a seguir na lista de preocupações dos representantes do partido, com 21 e 17 proposições respectivamente.

Clique aqui para conferir as propostas dos deputados do PV

Tão diversificada quanto o repertório legislativo da bancada é a origem dos parlamentares. Três empresários, dois médicos, um cantor de forró, um pedagogo, um jornalista, um comerciante, dois advogados, um bacharel em direito e um “consultor empresarial em comportamento humano” formam o diversificado grupo ao qual a senadora Marina Silva (AC), recém-desfiliada do PT, deverá se juntar, a partir do próximo 30, no Congresso.

As diferenças não param por aí. Somente três parlamentares têm o PV como seu único partido até o momento, de acordo com registros disponíveis na página da Câmara: o mineiro Antonio Roberto, o baiano Edigar Mão Brana e o paulista Marcelo Ortiz. A sigla reúne egressos dos dois principais partidos de oposição – DEM (ex-PFL) e do PSDB – e dos governistas PTB, PMDB, PR, PSB, PDT, PCdoB e PT.

Embora participe do governo Lula, com o ministro da Cultura, Juca Ferreira, o PV tem no deputado Fernando Gabeira (RJ), um dos principais críticos da gestão petista no Parlamento, seu grande ícone. Nas eleições de 2008, o partido marchou ao lado do DEM, em São Paulo, e do PSDB, no Rio, onde Gabeira foi o candidato dos tucanos. Com 34 deputados estaduais, o partido fez 1.237 vereadores e 76 prefeituras, entre elas, a de Natal.

Fogo amigo

O constante deslocamento para a oposição rendeu críticas do ministro da Cultura à direção do partido. “O PV não está preparado para receber a Marina. O grande perigo é que a questão ambiental em si não é capaz de mobilizar o eleitorado. Prefiro trabalhar com a ideia de alianças", disse Juca Ferreira na semana passada, em sabatina na Folha de S. Paulo. “Acho que o Partido Verde é mais problemático que a Marina", emendou o ministro, acrescentando que o PV vive "uma crise profunda". A crítica foi rebatida pelo vice-presidente do PV, Alfredo Sirkis, como uma “declaração infeliz” do companheiro de legenda.

Mas cientistas políticos ouvidos pelo Congresso em Foco concordam com o ministro: a falta de homogeneidade do partido dificilmente permitirá decolar a eventual candidatura da ex-ministra do Meio Ambiente à Presidência. Murillo de Aragão e o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Fernando Abrúcio descartam qualquer similaridade entre o Partido Verde brasileiro e seus congêneres europeus e americano.

Saco de gatos

"É um saco de gatos", afirma o professor da FGV. Para ele, a confusão interna é tão grande que dificilmente a ministra terá tempo suficiente para "fazer uma limpeza no partido". "A Marina é o chantilly e a cereja do bolo, que vai continuar sendo o mesmo na campanha presidencial", compara. Na avaliação de Abrúcio, o PV é formado por, no máximo, dez ambientalistas. "O resto, o grosso, não é ambientalista nem do estilo europeu nem do gosto da Marina Silva", completa.

Murillo de Aragão vê no PV uma legenda dependente do carisma de personalidades, como Gabeira, o ex-ministro da Cultura Gilberto Gil e, agora, Marina Silva. “O partido depende mais das pessoas do que de sua bandeira, que é bela, mas não está embalada de maneira adequada. Não acredito que, com a entrada de Marina, o PV se tornará um partido nacional”, considera.

O analista acredita que o PV errou ao lançar, desde já, a candidatura de Marina à sucessão de Lula. “O Gabeira seria um candidato mais efetivo, porque tem um discurso que ultrapassa a barreira do meio ambiente. Ele tem densidade eleitoral no Rio, um dos maiores colégios eleitorais do país. O PV teria uma solução dentro de casa. A candidatura da Marina serve mais ao PV do que a Marina”, avalia.

Ele diz que a senadora terá de mudar de postura para ter alguma chance na disputa eleitoral. “A candidatura de Marina é monotemática, como foi a do Cristovam Buarque (PDT) em 2006. Ela tem comunicação pessoal difícil. Para conquistar alguma coisa, ela terá de adequar o discurso e ganhar musculatura política.” Murillo também prevê dificuldade para qualquer candidato superar o peso das “máquinas petista e tucana”.

Apesar disso, ele acredita que a presença da senadora será importante na disputa eleitoral porque tira votos tanto da ministra Dilma Rousseff quanto do governador José Serra. “Existe uma franja entre os eleitores de Dilma e Serra, que vai de 2% a 8%, que está disponível para outro candidato, seja ele Marina, Ciro, Cristovam ou Heloísa Helena.”

Mudanças

Um dos fundadores do PV, em 1986, Gabeira diz que o partido é “no mínimo heterogêneo” e precisa passar por mudanças profundas. Mas vê na chegada de Marina o início da transformação. "Em 1992, durante a reunião da Eco-92, no Rio de Janeiro, a principal discussão era do aquecimento global. Agora temos vários temas ambientais tão importantes quanto este", afirma.

Segundo o deputado, é preciso trabalhar um programa partidário que lute por uma sociedade com baixa produção de carbono. "Precisamos lutar contra a crise econômica aliada com a crise ecológica", defende. Gabeira voltou ao PV em 2005, depois de uma passagem de dois anos pelo PT (2001-2003).

Mas a posição de Gabeira dentro da bancada nem sempre é das mais cômodas. Em 2007, os deputados Roberto Santiago (PV-SP) e Dr. Nechar (PV-SP) chegaram a entrar com representação na Corregedoria da Câmara contra o colega de partido. Em entrevista à revista Playboy, Gabeira criticou, sem citar nomes, os deputados recém-filiados ao PV que apoiavam o governo. “Eles são mesmo estelionatários eleitorais e se transformaram em carimbadores do governo na Câmara”, disse.

Dr. Nechar considera que a crise interna foi superada. “A bancada tem suas rusgas de vez em quando, porque é muito heterogênea, mas é bastante unida”, afirma. Para ele, as diferenças entre os deputados fortalecem a legenda. “A bancada é muito heterogênea, mas essa diversidade é benéfica, porque não estamos atuando numa área só”, observa.

Ao lado de Lindomar Garçom (RO) e Fábio Ramalho (MG), Dr. Nechar é um dos deputados do PV que não apresentaram nenhum projeto de lei voltado ao meio ambiente. Autor de 15 proposições, como a que autoriza as emissoras de rádio e TV educativas de veicularem comerciais, o paulista diz que está afinado com as questões ambientais. “Estou muito envolvido com as discussões do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Faço parte de um grupo de estudos que pretende reformulá-lo. Quero ser relator do projeto”, explica.

Nova identidade

A iminente chegada de Marina ao PV já mexe com o partido. Apesar de não ter confirmado sua filiação, a senadora acreana indicou dez pessoas de sua confiança para participarem de uma comissão que está revendo o conteúdo programático da legenda. Uma das preocupações da senadora é a falta de afinidade de alguns parlamentares com a questão ambiental.

“Havia a necessidade de o PV crescer para não ser extinto”, diz Gabeira, ao lembrar que o partido facilitou a entrada de deputados de outras legendas, na eleição de 2006, para fugir da chamada cláusula de barreira, instrumento que exige dos partidos determinada composição na Câmara para continuarem a ter direito a espaço no horário eleitoral e no fundo partidário. “Isso limitou um pouco os mecanismos de controle", admite.

O partido, porém, ainda corre o risco de ficar nos próximos dias sem sua principal fonte de recursos. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ameaça vetar o repasse de R$ 7 milhões a que o PV tem direito como fundo partidário. A legenda é acusada de ter cometido irregularidade na prestação de contas, como falsificação de notas fiscais, fraudes na apresentação de despesas e desvio de recursos. A direção do partido alega que houve apenas desorganização na prestação das contas. O caso está nas mãos do ministro Arnaldo Versiani.

(fonte: IG)

24 agosto 2009

África quer US$67 bi por ano contra aquecimento global

ADIS ABEBA - Líderes africanos pedirão aos países ricos 67 bilhões de dólares por ano para mitigar os efeitos do aquecimento global no mais pobre dos continentes, segundo proposta à qual a Reuters teve acesso nesta segunda-feira.

Dez líderes mantêm discussões na sede da União Africana, na capital etíope, para buscar uma posição comum que seja levada à cúpula climática de dezembro em Copenhague.

Especialistas dizem que a África contribui pouco para a poluição responsável pelo aquecimento, mas deve ser a região mais atingida por secas, inundações, ondas de calor e elevação do nível dos mares caso a mudança climática não seja controlada.

A proposta, que ainda deve ser aprovada pelos dez líderes, diz que a falta de coordenação entre os governos do continente tem sido um sério entrave à capacidade da África para participar das negociações climáticas.

"A equipe de negociação precisa ser apoiada com o peso político no mais alto nível no continente, para garantir que a voz africana a respeito das negociações da mudança climáticas seja tratada com a seriedade que merece," disse o documento.

Há alguns meses, o primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, pediu aos países ricos que compensem a África pelo aquecimento, alegando que a poluição no Hemisfério Norte pode ter causado as desastrosas ondas de fome no seu país na década de 1980.

Em maio, um estudo encomendado pelo Fórum Humanitário Global, de Genebra, disse que os países pobres podem arcar com mais de 90 por cento dos efeitos humanos e econômicos da mudança climática.

Os 50 países mais pobres do mundo, no entanto, contribuem com menos de 1 por cento das emissões globais de dióxido de carbono, o principal dos gases do efeito estufa, segundo o relatório.

A África, segundo esse estudo, é a região mais ameaçada, e 15 dos 20 países mais vulneráveis ficam no continente. O Sul da Ásia e pequenos países insulares em desenvolvimento também estão bastante ameaçados.

Os países pobres querem que os ricos assumam metas mais ambiciosas de redução das emissões de gases do efeito estufa e que transfiram dinheiro e tecnologia para ajudar na mitigação das mudanças climáticas nas nações em desenvolvimento.

(fonte: Estadao)

23 agosto 2009

Invento nacional contra o aquecimento global

Acaba de entrar em funcionamento um instrumento de observação astronômica de grande importância para o conhecimento e controle do aquecimento global. E esse novo equipamento foi projetado por um brasileiro e está instalado no Observatório Nacional, no Rio de Janeiro. Criado pelo astrônomo Victor D’Ávila, do Observatório Nacional, o heliômetro é o único do mundo desenvolvido especialmente para captar e estudar as atividades do Sol. O heliômetro é uma espécie de telescópio utilizado na observação do Sol e os especialistas acreditam que ele poderá dar enorme contribuição à ciência no estudo do aquecimento global.

Segundo o pesquisador D’Ávila, o Sol tem ciclos de 11 anos, durante os quais ele aumenta e reduz sua atividade, lançando mais ou menos luz e calor sobre o nosso planeta. E essas alterações podem ter grande impacto no aquecimento da Terra. Daí, a grande importância do invento do heliômetro, que surge como um importante aliado na busca por conhecimentos sobre esse problema que afeta todo o planeta e seus habitantes: homens, animais e plantas.

O aparelho projetado pelo astrônomo Victor D’Ávila é capaz de fazer até 8 mil registros do Sol a cada hora. Para efeito de comparação, os astrolábios fotoelétricos - utilizados por astrônomos de outros países - conseguem fazer apenas 1800 registros durante um dia inteiro. Ou seja, o heliômetro com a tecnologia nacional é mais de 100 vezes mais produtivo do que os instrumentos usados por cientistas estrangeiros. Por tudo isso, os estudiosos acreditam que os resultados obtidos pelo instrumento nacional serão muito mais precisos e trarão informações fundamentais para que possamos entender o aquecimento global e saber como combater esse problema mundial.

Criado há cerca de 300 anos, o primeiro heliômetro foi desenvolvido para medir variações no diâmetro do Sol e, consequentemente, determinar a órbita da Terra com mais precisão. O novo aparelho, inventado pelo pesquisador brasileiro, é bem mais moderno e potente. Os antigos usavam apenas lentes. O novo equipamento é, na verdade, um telescópio que usa um espelho no lugar da lente. O corpo desse espelho é feito de cerâmica e, sobre ele, há uma camada de alumínio. Há, ainda, um tubo de fibra de carbono. O novíssimo heliômetro não é um instrumento de grandes proporções: tem 1,5 metro de comprimento por 15 centímetros de diâmetro - pouco menor do que um prato. Mas pode dar enormes contribuições à ciência e à humanidade.


(fonte: Terra)n

19 agosto 2009

Quais são os seus valores?

Quando uma empresa abre um processo seletivo, aparece muita gente interessada, mas nem todos compartilham os mesmos valores, pensando nisso uma empresa criou um seleção
diferenciada...Se você quer conhecer mais clique aqui..



Confira o vídeo: