Quando falamos em Educação Ambiental, muitas pessoas acham que a Educação Ambiental é você fazer a coleta seletiva, separar os recicláveis, economizar água e assim por diante. Porém, a Educação Ambiental abrange muito mais do que apenas isso.
Podemos dizer que a Educação Ambiental visa formar uma população consciente e preocupada com o ambiente e com os problemas que dizem a respeito a toda a comunidade onde vive. Uma população com conhecimentos, competências e o engajamento que lhe permita trabalhar individualmente e coletivamente para resolver os problemas atuais e impedir que se repitam.
Educação Ambiental descrita por Genebaldo Freire Dias (Ph.D pela UnB em Ecologia) -Educação Ambiental é um conjunto de atividades que buscam informar e sensibilizar as pessoas sobre a complexa temática ambiental, estimulando o envolvimento em ações que promovam hábitos sustentáveis de uso de recursos naturais, além de propiciar reflexões sobre as relações ser humano-ambiente.
Ou seja, a Educação Ambiental deveria estar presente em todos os níveis da educação, seja ela pública ou privada, não em matéria única, e sim conjunta com outra matéria. Mas não é isso que vemos por ai, pouquíssimas escolas ensinam Educação Ambiental à seus alunos. Recentemente no Paraná, uma leia que entrou em vigor nesse ano de 2014, obriga escolas públicas e particulares e ter a educação ambiental como matéria.
Princípios básicos da educação ambiental segundo a lei sancionada em 99
- l - o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;
- ll - a concepção de meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade;
- lll - o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva de inter, multi e transdisciplinaridade;
- lV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;
- V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;
- Vl - a permanente avaliação crítica do processo educativo;
- Vll - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais;
- Vlll - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural.
fontes: Livro Educação e gestão ambiental (Genebaldo Freire Dias), Lei 17505, google imagens
2 comentários:
ARTIGO – EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO SÉCULO XXI – REAVALIANDO PARADIGMAS
1.
Roosevelt S. Fernandes é coordenador do Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental e Social / NEPAS – www.nepas.com.br
No seu sentido mais amplo, educação significa o meio formal (ação do Estado) e informal (ação difusa) em que os hábitos, saberes, costumes, maneiras de interagir com o ambiente e valores de uma comunidade, são transferidos de uma geração para a seguinte.
Por sua vez, a educação ambiental é uma dimensão da educação, atividade intencional que deve imprimir ao desenvolvimento individual um caráter social em sua relação com a natureza e com os outros seres humanos, visando a potencializar a prática social e a ética ambiental.
Tais conceitos servem como pano de fundo para a nossa reflexão: o princípio do desenvolvimento sustentável não é mais o caminho único para enfrentar as diferentes facetas da temática ambiental. Ou seja, já passamos da fase do “desenvolvimento sustentável”; a hora agora é da “produção e consumo sustentáveis”.
Para isso, as ações de governo e as pressões da sociedade devem ter a adequada, imediata e responsável resposta – com práticas sustentáveis – por parte do setor produtivo, sem a qual não há como levar o Brasil para padrões mais sustentáveis de produção e consumo.
Por outro lado, nesse caso, ao analisar a posição das maiores economias mundiais, observa-se uma nítida preocupação com a crise financeira, porém, com um discurso vago e breve em relação à problemática ambiental.
No entanto, entre o contexto limite das visões dos pesquisadores e dos políticos, persiste uma análise de idêntica importância, ainda não suficientemente abordada, voltada a saber como a sociedade está preparada para, depois de devidamente informada, pressionar por soluções proteladas, aceitar as consequências da adoção das mesmas e, sobretudo, como nossos futuros gestores, no horizonte do curto e médio prazo, estão preparados não apenas para implementar as propostas conhecidas, mas gerar novas e efetivas respostas para o cenário que a sociedade deverá enfrentar, já que o tempo, nesse novo contexto, é uma variável progressivamente mais crítica.
Complemente as infromações do artigo acessando o blog do NEPAS
https://roosevelt40.wixsite.com/nepas
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