Todos os anos, a União Mundial de Conservação (IUCN) divulga uma relação com as espécies ameaçadas de extinção.
Em um dos seus relatório, em 2008, a IUCN apresentou os resultados do primeiro estudo que traça a situação global de 21 espécies de tubarões e raias pelágicas (que vivem no mar alto). Mas os 15 cientistas que o realizaram, coordenados pelo Grupo de Especialistas da UICN em Tubarões, não tinham boas notícias para dar. Pelo menos para onze espécies, entre elas o Tubarão-raposo (Alopias vulpinus), o Tubarão luzidio (Carcharhinus falciformis) e o Rinquim (Isurus oxyrinchus).
A culpa, dizem, é das capturas acidentais mas sobretudo do excesso de pesca para a comercialização das barbatanas e de carne. No ano passado, só em Singapura foram consumidas mais de 470 toneladas de barbatanas de tubarão, segundo o “China Post”.“A visão tradicional dos tubarões e raias oceânicos como rápidos e poderosos muitas vezes leva ao erro de pensar que eles são resilientes à sobre-exploração pesqueira”, diz Sonja Fordham, da UICN.
Mas apesar “das provas do declínio e das crescentes ameaças a estas espécies, não existem limites internacionais para as capturas dos tubarões oceânicos”, salienta. “É urgente tomar medidas globais para que estas pescas sejam sustentáveis”.Além da definição de limites para as capturas, o estudo da UICN – publicado na revista “Aquatic Conservation: Marine and Freshwater Ecosystems” - sugere a melhoria da monitorização das pescas, o investimento em investigação e a minimização das capturas acidentais.
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