23 abril 2009

A Economia Verde


Atualmente, um movimento em favor da economia sustentável vem se desenvolvendo e apresentando propostas alternativas ao atual modelo corporativo que guia a economia.

A "Economia Verde" tem seu espaço e grandes distribuidoras começam a embarcar na tendência.

A autor Brian Milani, do programa de Negócios e Ambiente, da faculdade de Estudos Ambientais da YORK e, Toronto, Canadá, define economia verde, como "a economia do mundo real - o mundo do trabalho, das necessidades humanas, dos materiais disponíveis na Terra e como todos esses mundo devem se combinar.

A Economia Verde, enfatiza a qualidade e não a quantidade.Em seu livro Designing the Green Economy the Postindustrial Alternative to Corporate Globalization (Planejando a Economia Verde, a alternativa para a globalização corporativa) Brian Milani, propõe Dez princípios da economia verde:



  1. Primazia do valor de uso, valor intrínseco e quantidade: Princípio fundamental da economia verde, cujo enfoque é dado as necessidades humanas e ambientais. O recurso é visto como um meio para satisfazer uma necessidade real. O dinheiro não é mais um fim em si, mas um facilitador de trocas.

  2. Fluxo natural: A economia verde deve ser movimentada por meio da energia renovável. Nesse contexto não se deve afetar os ciclos e recursos híbricos, nem desmatar ou promover atitudes que interfiram no meio ambiente.

  3. Lixo é igual a recurso: Na natureza não há lixo, pois a sobra de todos os processos dá origem a outros. De acordo com este principio, os resíduos dos processos produtivos não tóxicos poderão ser usados com insumo.

  4. Multifuncionalidade: Relacionamentos integrados e estratégias de soluções que desenvolvem ganhos múltiplos e efeitos positivos em qualquer ação.

  5. Escala apropriada: As pequenas atividades podem ter grandes impactos. A atividade verdadeiramente ecológica integra o planejamento por meio de escalas múltiplas, refletindo a influência do maior no menor e o menor no maior.

  6. Diversidade: Em um mundo de fluxo constante, a saúde e a estabilidade dependem da diversidade. Isso se aplica em todos os níveis - diversidade de espécies, de ecossistemas, de regiões - também á organização social e ecológica.

  7. Autoconfiança, auto-organização, autoplanejamento: Hierarquias construídas de baixo para cima, onde os níveis da base ou mais próximos a esta são os mais importantes. A auto confiança facilita a interdependência e garante a flexibilidade.

  8. Participação democrática e direta: As organizações ecológicas e as novas tecnologias de comunicação podem fornecer meios para promover a participação nas decisões que pesam na sociedade.

  9. Criatividade e desenvolvimento humano: Para retirar certos recursos da produção que geram prejuízos à natureza, faz-se necessária uma criatividade incrível. Isso requer, por sua vez, grande desenvolvimento humano em todos os níveis. Em uma sociedade, o pessoal e o politico, o social e pessoal, o social e o ecológico caminham lado a lado.

  10. O papel estratégico do ambiente natural, da paisagem e do planejamento do espaço: Grandes ganhos de eficiência podem ser conseguidos com um rearranjo simples. Melhorias de conservação e de eficiência em setores como,o de construção, o qual só na América do Norte absorve cerca de 40% de materiais e energia, teriam um impacto enorme na economia.

Bem, será que a Economia verde será a salvação para uma melhoria na qualidade de vida e uma "salvação" para o planeta? Cabe ao tempo responder.


E você o que acha?Responda nos comentários.

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