09 maio 2009

Catadores de papel, sem querer ajudam o Meio Ambiente

A afirmação é da representante do Movimento Nacional dos Catadoresde Materiais Recicláveis no Paraná, Marilza Aparecida de Lima, queparticipa do Seminário Internacional WasteNet, promovido peloSenai Paraná nos dias 4 e 5 de março, em Curitiba










Curitiba conta com 15 mil catadores de materiais recicláveis, dos quais 8 mil são mulheres. Dados da Prefeitura mostram que, por mês, são recolhidas 380 toneladas de materiais recicláveis. Apesar das campanhas da prefeitura de incentivo à separação do lixo, ainda falta uma conscientização quanto à necessidade de fazer a separação adequada entre os materiais orgânicos e os recicláveis.


“Os catadores têm papel fundamental na coleta seletiva. Ainda vemos os grandes geradores, como a indústria e o comércio, não separando o lixo ou separando de forma errada. Eles ainda não enxergaram que os catadores contribuem muito com o meio ambiente”, afirma a representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis no Paraná, Marilza Aparecida de Lima, uma das palestrantes do Seminário Internacional WasteNet, que o Senai Paraná promove, em Curitiba, nos dias 4 e 5 de março. Marilza ministrará a palestra “A importância do setor informal no gerenciamento de resíduos sólidos” e traçará um panorama da situação dos catadores em Curitiba e a importância ambiental e social da reciclagem.


“Ser catador é uma profissão. Infelizmente, ainda existe muito preconceito. O mercado de trabalho é complicado, a maioria dos catadores não estudou e por isso tem dificuldade de conseguir um emprego”, diz Marilza, que trabalhou durante treze anos como catadora nas ruas da capital.Para ela, é necessário mudar a visão da sociedade em relação ao trabalho do catador. “Quando o catador sai com um uniforme com o emblema da prefeitura, ele passa a ser cidadão. Do contrário, ele não é ninguém”, reforça.As áreas centrais da capital e bairros como Batel, Água Verde, Cabral, Bacacheri e Jardim Social são os que mais geram resíduos que podem ser reciclados.


“No centro da cidade é muito comum o papel, por conta da quantidade de lojas”, diz. Os materiais mais rentáveis são as latas de alumínio – hoje comercializadas a R$ 1,80 o quilo – e as garrafas PET – R$ 0,60 o quilo. “Antes da crise, conseguíamos vender o alumínio por R$ 3,40 e o plástico, a R$ 1,00. Está cada vez mais difícil”, comenta Marilza.A participação de Marilza será no dia 5 de março, às 15h20. A programação ainda inclui outras 25 palestras, divididas em cinco temas principais: Gestão sustentável de resíduos sólidos; Tecnologia: tratamento e destinação final de resíduos; Bioenergia: pesquisa e tecnologia; Produção de biogás: alternativa energética; e Aproveitamento de resíduos: como agregar valor. Entre os palestrantes estão membros da WasteNet e representantes de órgãos públicos, entidades e instituições ligadas à área ambiental.


O seminário integra os trabalhos da WasteNet, uma rede internacional de cooperação, que reúne pesquisadores de universidades da América Latina, Europa e Ásia para troca de experiências e desenvolvimento de pesquisas em prol do manejo sustentável de resíduos sólidos. A unidade CIC/Cetsam, do Senai Paraná, é a representante do Brasil.O evento acontece no Cietep, na Av. Comendador Franco, 1341, Jardim Botânico, em Curitiba. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas até 3 de março pelo site www.pr.senai.br ou pelo telefone (41) 3271-7139.



(fonte: Cianorte News)

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