09 maio 2009

Mapa Mundi da Devastação

África
As alterações climáticas devem expor, até 2020, entre 75 milhões e 250 milhões de africanos a uma escassez maior de água. Um aumento da demanda pelo líquido teria graves reflexos em termos de subsistência para a população. A agricultura será duramente afetada. Deverá ocorrer uma diminuição da área adequada para plantio da duração das épocas de cultivo, o que reduzirá o potencial de produção, em especial nas margens das regiões áridas e semi-áridas.

Em certos países, a queda da produção agrícola irrigada pela chuva poderá chegar a 50% até 2020. Tudo isso prioriza a precariedade da segurança alimentar e da qualidade de nutrição entre os africanos – um quadro agravado pela redução, devido ao calor, dos recursos pesqueiros dos grandes lagos do continente, já ameaçados pela pesca excessiva. No fim do século, a elevação do nível do mar terá impacto nas regiões litorâneas de baixa altitude e o com grandes contingentes populacionais. Os cientistas do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) estimam que a adaptação custará entre 5% e 10% do PIB dos países afetados. As alterações nas águas do mar deverão aumentar a degradação de mangues e corais, acarretando conseqüências negativas para a pesca e o turismo


















Ásia







O derretimento das geleiras do Himalaia provavelmente aumentará os números de inundações e avalanches entre 20 e 30 anos. Essas geleiras abastecem diversas bacias hidrográficas, que deverão apresentar fluxos reduzidos conforme o gelo for diminuído. As reduções provavelmente afetarão mais acentuadamente as bacias fluviais do centro, sul, sudeste e leste do continente.
O incremento populacional e o esforço pela obtenção de melhores padrões de vida poderão levar mais de 1 bilhão de pessoas a enfrentarem problemas legados a escassez de água até 2050. Inundações causadas pela elevação do nível do mar deverão afetar as áreas litorâneas, em especial as densamente povoadas que ocupam grandes deltas de rios (Como o Indo, Ganges, Mekong e Yangtsé). Estas últimas também poderão sofrer com eventuais avanços dos rios. Inundações e secas no sul, sudeste e leste deverão incrementar os índices de morbidade e mortalidade endêmicas ligados à diarréia.
Outro problema sério de saúde no sul tenderá a ser a cólera, graças à elevação da temperatura da água. Até 2050, a agricultura asiática deverá mostrar mudanças substanciais. As safras poderiam crescer até 20% no leste e sudeste, mais caíram até 30% no centro e no sul. Como se prevê que essas regiões continuarão a passar por processos acelerados de aumento populacional e urbanização, há riscos consideráveis de fome em vários países.

(fonte: Revista Planeta)

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